O secretário de Educação, Osvaldo Barreto, deu detalhes sobre as mudanças no calendário letivo da rede estadual de ensino com a greve dos professores, que completa 58 dias nesta quinta-feira (7). Quando os docentes voltarem às salas de aula, segundo ele, terá que ser reposto o necessário para completar o mínimo de 200 dias letivos. “Não quer dizer que ocorra no mesmo ano. Vai ter que ultrapassar e chegar a janeiro”, prevê. De acordo com o titular, provavelmente, os recessos de junho e do final de ano terão que ser invadidos. Até agora, a paralisação já comprometeu 39 dias efetivos de aulas. Barreto esclareceu que a mobilização da Polícia Militar em fevereiro não causou um impacto efetivo no funcionamento das unidades de ensino em todo estado e, consequentemente, não alterou o cronograma. “A greve da Polícia Militar foi mais forte em Salvador e a suspensão das aulas foi diferente em cada uma das escolas”, ponderou, em entrevista ao Bahia Notícias.
Apesar do movimento grevista, o secretário voltou a falar que, no momento, 420 escolas – o que corresponde a cerca de metade das instituições de ensino – estão em pleno funcionamento. Ele explica que um calendário específico para cada uma das unidades terá que ser formado, já que houve diferentes períodos de adesão. “Vamos ter que ter uma diretriz geral, ao final da greve, dizendo que o ano letivo tem que terminar até no máximo tal dia. A escola tem que preparar o calendário de reposição que tem que ser aprovado pelo colegiado escolar e mandado para que a secretaria monitore”, informa. Para os estudantes do terceiro ano do Ensino Médio, que têm sido prejudicados no ano em que devem prestar vestibular ou o Enem, Barreto adianta que o governo deverá intensificar as ações, com ajuda do programa Ensino Médio em Ação e dos projetos de intermediação tecnológica com aulas exibidas via televisão.