Entre os estudantes inscritos no Sisu pelas cotas, 349.904 candidatos se
autodeclararam pretos, pardos ou indígenas com renda familiar igual ou inferior
a 1,5 salário mínimo e 193.238 alunos se autodeclararam pretos, pardos ou
indígenas - independentemente do critério da renda familiar. Baseado no critério
da renda familiar abaixo de 1,5 salário mínimo, foram 168.243 alunos inscritos.
No critério referente apenas aos estudantes que fizeram o ensino médio na rede
pública, foram inscritos 153.445 candidatos.
Com a reserva progressiva de vagas em quatro anos, a Lei de Cotas destina,
este ano, 12,5% do total de vagas do ensino superior para estudantes que
concluíram o ensino médio na rede pública, alunos com renda familiar igual ou
inferior a 1,5 salário mínimo, além de garantir o acesso aos alunos
autodeclarados pretos, pardos ou indígenas. Em 2014, o percentual de reserva
sobe para 25% do total. Em 2015, serão 37,5%. O prazo para o cumprimento total
da lei termina em 30 de agosto de 2016, quando 50% das vagas serão reservadas
para as cotas.
Para o ministro da Educação, Aloizio Mercadante, o número de inscritos no
sistema de cotas “foi um salto extraordinário”. “Oitenta por cento dos alunos
que concluem o ensino médio são da rede pública, eles terem feito quase metade
das inscrições no Sisu é um passo bastante importante", disse.
De acordo com Mercadante, o desempenho dos cotistas foi semelhante ao dos
alunos inscritos na ampla concorrência. A nota de corte dos alunos cotistas em
medicina (geral) ficou em 761,67 pontos, enquanto a nota de corte da ampla
concorrência foi 787,56 pontos. Para pedagogia, por exemplo, a nota de corte dos
cotistas ficou em 591,58, e a da ampla concorrência, 598,08 pontos. Em
licenciatura, a nota de corte dos cotistas foi 606,45 pontos e a registrada pela
ampla concorrência ficou em 627,51 pontos.
Fonte: Agência Brasil